Nesta sexta-feira (12), os policiais civis de Goiás fizeram uma paralisação em homenagem aos colegas mortos e contaminados pelo vírus da COVID-19. Mobilizados pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), servidores de diversas delegacias espalhadas pelo estado pararam suas atividades durante 1 hora também como forma de protesto pela falta de medidas de proteção com que vêm trabalhando durante a pandemia.
“Estamos vivendo um período de muito medo dentro das delegacias. Quero muito que as autoridades olhem por nós e nos dê uma oportunidade de vacinação, uma tranquilidade para trabalhar”, explica a escrivã de polícia, Keith Souza.
Paulo Sérgio Alves de Araújo, presidente do Sinpol, afirma que esse deveria ser um momento de colocar a vida do policial como prioridade. “É preciso restringir o número de policiais nas delegacias, diminuir o número de operações durante esse período. Pedimos ao Secretário de Segurança Pública que crie protocolos mais rígidos e que conscientize a população”, disse o presidente.
Ainda segundo Paulo Sérgio, os policiais são contaminados 3 vezes mais do que a população comum, por isso, é preciso que as pessoas se conscientizem e passem a fazer, quando possível, os registros online para diminuir a circulação e necessidade de funcionários presenciais nas delegacias.
Durante o ato, os servidores desligaram seus computadores e permaneceram em frente à unidade em sinal de luto e protesto com a falta de prioridade da categoria em relação às medidas de proteção contra a doença. “Quando pedem para que a nossa atividades essencial não nos é dada condição nenhuma de trabalho”, afirmou a policial Wânia Rodrigues, vice-presidente do Sinpol.
Até a tarde de hoje, foram confirmados 619 os casos de Covid-19 entre policiais civis, dos quais 9 da ativa morreram. Outros 6 casos estão em investigação e 76 profissionais encontram-se em quarentena.
