terça-feira, julho 16, 2024

Servidores da Segurança Pública decidem realizar paralisações

Cerca de mil servidores da Segurança Pública do Estado de Goiás se reuniram nesta terça-feira (24) em frente à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Na oportunidade, os trabalhadores decidiram não aceitar a proposta do governador Marconi Perillo que, entre outros pontos, sugere o pagamento da metade da parcela do reajuste de 2016 para o mês de julho em vez de novembro/dezembro e a parcela do reajuste de novembro/dezembro de 2015 em novembro/dezembro de 2018.

A alternativa apresentada pelo governador frustrou os trabalhadores. O compromisso foi definido para todas as categorias (policiais civis, militares, bombeiros, papiloscopistas, médicos legistas, peritos criminais e outros), por meio das leis 18.419/14, 18.421/14 e 18.475/14. As normas foram aprovadas na Assembleia Legislativa e sancionadas pelo governador Marconi Perillo.

O governador expôs sua proposta em reunião realizada ontem (23) com membros do Comitê Integrado de Entidades Representativas da Segurança Pública, composto por 14 entidades da segurança pública de Goiás. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol), Paulo Sérgio Alves Araújo, na reunião, Marconi Perillo apresentou números e argumentou que o Estado não tem condições de finalizar o pagamento do reajuste dos trabalhadores da segurança pública por causa da crise econômica.

“Ele mesmo sancionou a norma e a reposição salarial está prevista no orçamento do Estado. Vamos mandar uma mensagem ao governador dizendo que não aceitamos a proposta. Tudo foi feito conforme a categoria votou. Diante da recusa do governo de cumprir com o compromisso, os trabalhadores querem mostrar que estão insatisfeitos”, diz Paulo Sérgio Alves.

Após votarem contra a proposta do governador, os servidores presentes decidiram também realizar paralisações unificadas de 12 e de 24 horas. A agenda ainda será definida pelos líderes do Comitê. Os servidores também deliberaram durante a reunião que nenhuma paralisação será realizada por apenas uma classe. Isso significa que na data a ser marcada, todos os trabalhadores da segurança pública de Goiás vão cruzar os braços juntos.

Com as decisões tomadas, os trabalhadores presentes na reunião seguiram em passeata até a Praça Cívica. No local, eles reafirmaram a posição contra a proposta do governo.

De acordo com o presidente do Sinpol, Paulo Sérgio Alves, a questão salarial agrava a situação complicada em que se encontra a segurança pública em Goiás. “Não há investimento e agora nem os acordos de reposição salarial são cumpridos. O servidor fica sem vontade de trabalhar e não queremos isso. Não estamos contra a população, é preciso deixar isso claro. Não queremos greve. Nosso objetivo é receber a reposição salarial e continuar trabalhando, servindo bem a sociedade”, afirma o presidente.

Paulo Sérgio Alves também lembra que a Polícia Civil deveria ter 10 mil homens e mulheres trabalhando, mas o contingente é de 3.527. Em 1998, 6 mil pessoas trabalhavam como policiais civis e a população em Goiás era de 4 milhões de habitantes. Hoje, são 7 milhões.

Comitê
O comitê é composto pelas seguintes entidades: Sinpol, Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (ACS), Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assof), Associação das Pensionistas da PM/BM de Goiás (APPB), Associação dos Peritos Criminais e Médicos Legistas (Aspec), Associação dos Militares Inativos de Goiás (Amigo), União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsepgo), Associação dos Servidores do Sistema Prisional de Goiás (Aspego), Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Adpego), Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas de Goiás (Sindperícias) e Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás (Appego).

SINPOL LIVRE E TRANSPARENTE!

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