terça-feira, julho 16, 2024

Exemplo de força e superação

Em dezembro de 2009, a agente da Polícia Civil de Goiás Helena Maria Antunes recebeu do médico o diagnóstico sobre o motivo pelo qual havia deixado de gostar de usar salto e de se arrumar: depressão. Ela saiu do consultório médico com orientações e uma receita de medicamentos de uso controlado na bolsa.

“Eu me sentia como se estivesse aprisionada dentro de mim”, lembra. Helena viajou de férias e, quando voltou, tomou a melhor decisão de sua vida: em vez dos medicamentos de tarja preta para tratar a depressão, comprou dois tênis de corrida. Começou a correr, virou atleta e não parou mais. Hoje, aos 45 anos, esbanja saúde e disposição e coleciona troféus, medalhas e muitas fotos de provas memoráveis. A depressão? Desapareceu completamente.

Não é fácil conciliar a vida de treinos e provas com a dura rotina de policial na cidade de Luziânia, no Entorno de Brasília, região conhecida pelos altos índices de criminalidade. Dos 17 anos dedicados à Polícia Civil de Goiás, 9 são em Luziânia. Não por coincidência, Helena trabalha no Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da cidade, mas a paixão pelo esporte e pelo que ele representou em sua vida – a conquista da liberdade e do prazer sem precisar recorrer a medicamentos que podem causar o efeito contrário, a dependência química – fala mais alto. Sempre.

Uma dessas ocasiões foi quando uma ressonância magnética revelou o motivo das dores na coluna, uma hérnia de disco. O médico, a princípio, proibiu que ela continuasse com a corrida. “Fiz pilates para fortalecer a musculatura e faço academia para reforço muscular”, conta. Depois desse diagnóstico, ela já correu quatro maratonas. Outro desafio foi quando rompeu o menisco e teve de fazer uma cirurgia no joelho. Com acompanhamento especializado, hidroterapia e muita disciplina, correu outra maratona dois meses depois. “Hoje tenho uma vida muito saudável e me sinto feliz e realizada”, relata.

Por último, Helena trocou as escalas de plantão pelo expediente na delegacia, o que faz com que ela saia todos os dias do Gama, cidade de Brasília onde mora, para Luziânia. No início, estava difícil conciliar e ela acabou deixando os treinamentos caírem em rendimento. “Tive de abrir mão de algumas horas de sono”, ensina. Assim, Helena acorda todos os dias às 5 horas para fazer exercícios. Todos os dias, inclusive aos sábados e domingos. Ela intercala os dias de academia e de treino de corrida. “Preenchi meu tempo. Alguns vão para o divã e tomam remédios. Eu vou correr”.

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